quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Hanna na Capivara


Esta foto foi tirada pelo Luamã mostrando a Hanna na Cachoeira da Capivara. Olha a pose dela!

Chicão, um gentleman!


Se você visitar a Pousada Chalés Barriga da Lua neste Carnaval, não deixe de conversar com o Chicão. O cara é um gentleman! Com certeza é um bom amigo. Olha a foto dele aí.

Nosso cardápio de Carnaval

O Carnaval sem dúvida é o feriado mais movimentado da Serra do Cipó. Pousadas lotadas, cachoeiras e trilhas repletas de turistas e um clima de alegria e descontração. O restaurante Barriga da Lua preparou uma série de surpresas para o Carnaval. Se você procura um ambiente tranquilo e um visual lindíssimo para o seu almoço, venha nos visitar. E conheça um pouco da nossa culinária.
Estarei à frente do Restaurante para oferecer pratos como o Frango com Ora-pro-Nobis ou a nossa moqueca de surubim. Ou mesmo a deliciosa truta preparada ao vinho branco, com molho de alcaparras, champignon e amendoas.
Venha nos visitar. Temos também a cerveja artesanal Backer e uma carta de vinhos para você curtir bem o seu Carnaval. Para reservar é só ligar (31)8405-7606 - 8317-5464. Sérgio Lacerda

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Truta, uma iguaria do Restaurante Barriga da Lua


A truta é um peixe nobre da família dos salmonídeos e é um dos pratos mais apreciados em todo o mundo. Para criarmos um prato diferenciado, decidimos partir para a inventividade que deve fazer parte de qualquer iniciativa para despertar o paladar e desafiar os instintos de quem gosta de apreciar uma boa comida.
Para isto partimos do princípio de que a truta é um peixe de carne tenra e extremamente saborosa, e portanto não pode ter seu sabor confundido na hora de criar o prato. Este é um segredo para a maioria dos peixes que têm carne saborosa e precisa ser seguido à risca.
Para a receita, sugerimos que a truta seja temperada com uma salmoura composta de limão e sal apenas, deixando uma duas horas neste tempero, de preferência na geladeira.
O preparo é muito simples, mas vale a sua criatividade na hora de cozinhar. Leve a truta ao forno e vá regando de tempos em tempos com vinho branco seco (de preferência um chardonay chileno) até chegar no ponto, sem assar demais.
Simultaneamente prepare o molho para servir com truta da seguinte forma:
- 10 cabeças de alho picadinho
- 1 pitada de tempero caseiro com alho e sal
- 150 gr. de alcaparras
- 200 gr. de champignon laminado
- 100 gr. de amêndoas in natura cortadas em fatias.
Modo de preparo do molho: Torre o alho em azeite extravirgem, coloque o tempero, depois jogue as alcaparras e o champignon e deixe refogar. Quando estiver refogado, misture as amêndoas . Monte o prato com 2 trutas médias, coloque arroz entre os peixes (veja a foto) e jogue o molho cobrindo os peixes.
Sirva com vinho branco seco e bom apetite.o, misture as amo alho em azeite extravirgem, depois jogue as alcaparras e o champignon e deixe refogar. aladar
O prato é servido nos finais de semana e feriados no Restaurante Barriga da Lua, que fica na belíssima região do Alto Palácio – na altura do km 113,5 da MG-10, no sentido Morro do Pilar/Conceição do Mato Dentro, onde você pode apreciar o prato com o belíssimo visual panorâmico da Pedra do Elefante. Reservas pelo telefone (31)8317-5464.

Receita do chef ‘ aventureiro’ e proprietário da Pousada Chalés Barriga da Lua, o jornalista Sérgio Lacerda, exclusivamente enviada para o Turismo de Minas.



Restaurante Barriga da Lua,
na Serra do Cipó-MG
Venha desfrutar de pratos que são verdadeiras iguarias da culinária mineira, como o feijão tropeiro, o frango com ora pro nobis ou comer pratos especiais como a nossa truta com alcaparras e amêndoas.
Reservas pelo telefone (31)3423-6647

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Um Paraíso Chamado Serra do Cipó

“Para se ter uma idéia da importância da vegetação encontrada na Serra do Cipó, especialmente da grande diversidade de plantas (e animais) ali existentes, chama-se a atenção para o fato de que, numa extensão correspondente a 150 quilômetros quadrados da Serra do Cipó, conseguiu-se detectar aproximadamente 1.600 espécies de plantas, enquanto toda a Inglaterra possui, aproximadamente, 1.500 espécies”.
(Nanuza Luiza de Menezes)

A Serra do Cipó é citada hoje no meio científico como “paraíso dos botânicos”, por concentrar o maior número de flores por metro quadrado do país, maior inclusive do que a Floresta Amazônica, como concluiu o paisagista Burle Marx após várias incursões pela serra ao lado do botânico brasileiro Mello Barreto, um dos maiores conhecedores daquela região brasileira.
Para chegar a estas evidências, especialistas como a chefe do Departamento de Botânica do Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo (USP), Nanuza Luiza de Menezes, vêm dedicando seus estudos ao local desde a década de 60.
Mas porque tanta diversidade num local onde praticamente predominam pedras e solos frágeis? Para os especialistas, a Serra do Cipó reúne uma parcela significativa de campos rupestres ou campos de altitude, que ocorrem no alto de algumas montanhas brasileiras, concentrando uma variedade de espécies da flora que crescem sobre terreno pedregoso ou arenoso.
Os campos rupestres se caracterizam também pela ocorrência de inúmeras espécies endêmicas, ou seja, que só existem naquela região do planeta. Para se ter uma idéia da importância biológica desta caracterísitca, o endemismo na Serra do Cipó só encontra similares em montanhas dos Andes e dos Himalaias.
Segundo pesquisas do botânico brasileiro Aylthon B. Joly, é nos campos rupestres que ocorre o maior índice de diversidade de espécies endêmicas no Brasil.
Este endemismo, por sinal, é característico também em várias espécies da fauna, especialmente pela ocorrência de insetos e pássaros que só encontram habitats nestas montanhas que compreendem a Serra do Cipó.
Algumas espécies da flora atraem o interesse cada vez maior dos cientistas. As Velózias gigantes são uma atração à parte no Cipó e chegam a atingir 6 metros de algura e mais de um metro de circunferência. São plantas consideradas “pré-históricas” que abrigam em sua superfícies orquídeas raras e em processo de extinção, como a Constancia cipoensis, além de bromélias de diversas espécies e musgos.
Esta característica de reunir plantas tão especiais é um dos atrativos turísticos da região. Cientistas de todo o mundo e grupos de estudantes das principais universidades brasileiras estão constantemente hospedados em hotéis e pousadas da Serra do Cipó com o objetivo de realizar pesquisas que levem ao conhecimento, pelo menos superficial, deste riquíssimo ecossistema.
Os resultados deste esforço já colocaram a Serra do Cipó no circuito mundial de pesquisas. Uma boa evidência é o interesse do Instituto Nacional do Câncer, dos Estados Unidos, em duas das plantas encontradas na Serra do Cipó, a Vellozia nivea e a Vellozia nanuzae (que ganhou este nome para homenagear a botânica Nanuza Menezes).
As plantas foram identificadas por uma equipe de pesquisadores do Instituto de Química da Universidade Federal do Rio de Janeiro, chefiada pelo professor Ângelo da Cunha Pinto, e fazem parte de um grupo de 150 estruturas químicas inéditas na literatura científica especializada, obtidas a partir de trinta plantas naturais da Serra do Cipó.
As descobertas foram publicadas pela conceituada revista inglesa Phytochemistry, que divulga mundialmente os trabalhos e estudos químicos desenvolvidos em vários países. O interesse dos norte-americanos foi manifestado pelo Instituto Nacional do Câncer, com sede em Maryland, a partir da constatação de que estas espécies têm semelhanças em suas estruturas químicas com outras presentes em alguns extratos que já estão sendo testados em drogas contra o câncer e a Aids.
Já está certo que estas substâncias encontradas na Serra do Cipó podem ajudar a humanidade a encontrar a cura destas doenças, até porque elas têm elementos ativos no combate ao câncer. Os estudos voltam-se, agora, para isolar estas substâncias, e estão sendo coordenados pela professora Lígia Maria Marino Valente, também do Instituto de Química da UFRJ.
Endemismo também na fauna
A fauna da Serra do Cipó também é riquíssima e reúne espécies raras, ameaçadas de extinção, como o lobo guará e o cachorro-do-mato-vinagre. Há também registros da existência de jaguatiricas (F.Pardalis), onças pardas (Felis concolor), tamanduás bandeira (Mymecophaga tridactyla), gato maracajá (F.Weidii), veado campeiro (Ozotocerus bezoarticus), além de pacas, raposas e capivaras, estas em grande número.
15 famílias de mamíferos e 131 espécies de aves em 39 famílias foram identificadas pelos pesquisadores na Serra do Cipó. O grau de endemismo da fauna também é bastante elevado. Há espécies raras de peixes, como a Pirapetinga, conhecida como a truta brasileira, e outras duas espécies desconhecidas, recentemente descobertas nos rios da Serra do Cipó.
Insetos e anfíbios também despertam grande interesse, principalmente pela existência de espécies endêmicas de abelhas, sapos, libélulas e mosquitos. O pesquisador Werner Bokermann, um dos diretores da Fundação Parque Zoológico de São Paulo, chegou a catalogar, durante seus estudos no local, mais de 35 espécies de sapos, onze delas endêmicas, ou seja, só encontradas no Cipó, como é o caso da Hyla cipoense, uma perereca listrada que já foi apelidada de perereca-de-pijama.
Pássaros raros também atraem a atenção de turistas e estudiosos na Serra do Cipó e fazem com que o local seja ainda mais admirado. Ornitólogos brasileiros já registraram a existência de várias espécies endêmicas na região, como o Leucochloris albicolis, um pássaro verde metálico com o pescoço branco.
O ornitólogo francês Jacques Veielliard, do Laboratório de Bioacústica do Instituto de Biologia da Universidade de Campinas (Unicamp), foi o responsável por outra descoberta importante, ao identificar um pássaro diminuto de cor marrom-pardo, que se encontra em processo de extinção. Trata-se de um parente do João-de-barro, da família dos Furnarídeos, de canto belo o ouvido à distância. Há também o gavião-pomba, águias chilenas e uma infinidade de pássaros belíssimos.
Todo este imenso potencial ecossistêmico acabou mobilizando cientistas na década de 80 para a criação do Parque Nacional da Serra do Cipó, estabelecido em 1984 através do Decreto-lei nº 90.223, de 25 de setembro de 1984.
Hoje a região do parque representa para os cientistas um grande banco de germoplasma, um manancial para pesquisas que podem contribuir para a descoberta de várias novas substâncias voltadas para a melhoria da qualidade de vida do homem.